Na coletiva de lançamento do aplicativo de interatividade para dispositivos móveis (mais detalhes nesse vídeo), conversei com o diretor de tecnologia da TV Globo de São Paulo, Raymundo Barros, que disse não acreditar que a sua emissora faça transmissões abertas em três dimensões. “Não nesse formato lado-a-lado, como hoje está acontecendo”, disse. Raymundo afirmou apostar nesse tipo de transmissão apenas no “ambiente cabo” e citou os testes que a Bandeirantes (com a Fórmula Indy) e a Globo (com o Carnaval 2010) fizeram recentemente, usando a estrutura de cabos da Net. “Porque além da imersão, consegue-se manter a qualidade da imagem em alta definição”, explicou.
Nas transmissões abertas da TV Digital, como a feita recentemente pela Rede TV, a emissora utiliza um canal secundário para gerar a imagem 3D, porém com sacrifício da resolução das imagens (embora ela continue afirmando que é HD). Isso ocorre porque para transmitir um canal em 3D na resolução HDTV (1080i), na verdade a emissora precisa gerar duas imagens 1080i, o que exige uma grande compressão desse sinal. A Globo, por exemplo, transmite um canal full HD com uma taxa de 16Mbps. Já a Rede TV, para conseguir a transmissão do Pânico em 3D, teve que reduzir esse número para algo em torno de 7Mbps, comprometendo a qualidade das imagens. “Não abriremos mão da qualidade HD, para gerar conteúdo 3D”, afirmou Raymundo, deixando claro que se não houver uma definição de novos formatos que não exijam uma grande compressão de sinal, dificilmente a Globo entrará na transmissão aberta em 3D.
Créditos: Planet Tech
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