quarta-feira, 30 de junho de 2010

Entenda como o 3D funciona.

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Os próximos meses e anos devem ver uma enxurrada de filmes 3D --tanto lançamentos quanto conversões de filmes antigos--não apenas nas salas de cinema, mas também em casa, por meio de formatos como DVD e Blu-ray.
As televisões também apostam nisso, e conteúdo 3D --filmes e esportes (com destaque para grandes eventos, como Copa do Mundo e Roland Garros), principalmente-- já é transmitido em diversas partes do mundo.
"A mente entra cuidadosamente nas profundezas da cena. Os galhos ásperos de uma árvore em primeiro plano avançam sobre nós como se fossem arranhar nossos olhos. O cotovelo de uma figura salienta-se de maneira a nos deixar quase desconfortáveis."
O parágrafo acima é uma boa descrição das impressões de assistir a um filme como "Avatar" ou jogar um videogame de última geração, mas na verdade é um trecho de um artigo do escritor e médico norte-americano Oliver Wendell Holmes (1809-1894) publicado na revista "The Atlantic Monthly" em junho de 1859.
O assunto, em termos atualizados, era a reprodução de imagens com efeitos tridimensionais, ou simplesmente 3D.
O 3D existe desde o século 19, passou por vários altos e baixos durante o século 20 e chega ao século 21 prometendo que, desta vez, o negócio é pra valer. A indústria parece apostar nisso, e os consumidores, por enquanto, têm correspondido.
O cinema parece ser o maior impulsor da tecnologia, com estúdios e diretores --Martin Scorsese e Werner Herzog, para citar dois grandes-- divulgando um número crescente de filmes 3D, e empresas investindo bastante em treinamento e equipamentos e para produzir e reproduzir esse tipo de conteúdo. Sem contar, é claro, as pesadas ações de marketing.

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O texto de Holmes na "The Atlantic Monthly" falava sobre o estereoscópio, "um instrumento que faz superfícies parecerem sólidas", ou seja, usado para ver profundidade em imagens planas.
O equipamento foi inventado no século retrasado pelo cientista e inventor britânico Charles Wheatstone, e o princípio por trás de seu funcionamento é o mesmo dos sistemas utilizados hoje.

OLHO HUMANO
Cada olho humano enxerga o mundo a partir de uma perspectiva diferente --a visão do olho esquerdo é diferente da do direito. Isso é facilmente perceptível se você olhar de perto um objeto primeiro apenas com o olho esquerdo, depois apenas com o direito.
Essa disparidade ajuda-nos a determinar as profundidades relativas em uma cena, e a estereoscopia é uma técnica que se baseia nisso para provocar a sensação de profundidade em imagens planas. Talvez soe complicado, mas é bem simples.
Basicamente, basta ter duas imagens retratando a mesma cena ou objeto a partir de diferentes perspectivas --uma referente à visão de cada olho. Para conseguir a ilusão de profundidade, as duas imagens devem ser vistas ao mesmo tempo (ou quase), mas cada olho deve enxergar apenas uma delas --a correspondente à sua perspectiva. A junção das duas imagens no cérebro provoca a sensação de profundidade.
A questão é: o que fazer para que cada olho enxergue apenas a imagem correspondente à sua perspectiva? Isso é um problema porque, normalmente, os dois olhos veem as duas imagens, que geralmente são sobrepostas ou colocadas lado a lado. 

Créditos: Folha

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