terça-feira, 29 de junho de 2010

Realismo, imersão e mais emoção cativam consumidores do 3D.

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Realismo, imersão e mais emoção são as razões apontadas para justificar o crescente interesse do público nas produções 3D, de acordo com um estudo conduzido pela PricewaterhouseCoopers no ano passado.
A pesquisa sobre entretenimento 3D ouviu mais de 90 envolvidos com a tecnologia em diversos setores, como estúdios de cinema, distribuidores de filmes, empresas de games e produção de televisão, além de fornecedores de equipamentos técnicos. O estudo listou alguns fatores que vão contribuir para o crescimento do mercado de 3D, embora ainda seja incerto o futuro da tecnologia em alguns formatos, como a televisão.
A melhor qualidade de imagem e a adoção de 3D digital, que torna mais fácil a adaptação de salas de cinema à tecnologia, é o primeiro fator apontado para impulsionar a tecnologia. Além disso, espectadores dos Estados Unidos e Europa se mostraram dispostos a pagar mais para assistir a produções em 3D. No Brasil, os principais exibidores têm cobrado um valor adicional entre R$ 5 e R$ 8.
O upgrade para high definition também removeu muitos obstáculos técnicos para produções em 3D. Outro fator, é que está crescendo o uso de recursos computadorizados que permitem a conversão de produções em 3D com custos extras limitados.
"Cada vez mais, a tecnologia 3D é aprimorada e o público se interessa por este tipo de filme. A oferta de filmes 3D também aumentou. Ano passado tínhamos um filme por mês, este ano já tivemos dois filmes com esta tecnologia em cartaz ao mesmo tempo", diz Bettina, da Rede Cinemark.
O conceito de imagens em três dimensões tem quase um século, mas se tornou mais popular na década de 1950. Trinta anos mais tarde, houve um novo boom, liderado pelo Imax. Nos últimos anos houve um renascimento da tecnologia, com o surgimento de animações em 3D.
"É uma onda que parece mais duradoura que as anteriores. A situação é bem diferente do passado, as experiências antes não estavam conectadas com a produção. O 3D conquistou espectadores e a produção", diz Oliveira.
O Imax começou a funcionar em São Paulo em 15 de janeiro de 2009 e só tem o que comemorar. Uma conjunção de fatores, como tela gigante, disposição dos assentos e som especial, permite uma imersão ainda maior nos filmes 3D. "O primeiro ano foi um sucesso e no segundo ano cresceu mais 40%", diz Oliveira. O investimento para abrir o Imax no Shopping Bourbon Pompeia foi de R$ 6 milhões.
O conjunto de aparelhos e softwares para adaptar salas pequenas de cinemas comuns à exibição de 3D custa de US$ 115 mil a US$ 130 mil, mais impostos e frete. Para receber um filme 3D, uma sala do tipo Dolby pode ficar com a mesma tela, precisa dar um upgrade no som e trocar projetor. O custo inclui ainda a aquisição dos óculos e a máquina de higienização. "É um reinvestimento numa sala, mas é um custo que compensa. Até porque o preço do ingresso 3D é maior", diz Oliveira. "Já tivemos sala com 100% de ocupação no mês, o que é raro num cinema."
O estudo da PricewaterhouseCoopers identifica algumas áreas onde o 3D pode se tornar popular mais rapidamente. Jovens que gostam de games de corrida de carros e lutas e os que vão ao cinema ver filmes de terror, animação e shows são os que mais devem se interessar por opções em 3D. Há ainda consumidores dispostos a pagar para assistir pela televisão jogos ao vivo e shows em 3D, além de pessoas que querem repetir em casa a experiência com filmes vistos no cinema.
A previsão é de que o entretenimento em 3D deva ter um crescimento liderado pelos filmes em 2011. A adoção em massa de tevês 3D não é esperada antes de 2012. A procura por equipamentos domésticos vai depender da oferta de conteúdo em 3D, em vídeos ou programação especial na TV.
As experiências para oferecer 3D na televisão também já começaram. A Sony em parceria com a Fifa está captando em 3D imagens de 25 partidas da Copa do Mundo, utilizando câmeras profissionais da marca.
Outra ação foi a captação e geração do sinal em 3D do Carnaval 2010, dentro do sambódromo do Rio de Janeiro, em conjunto com a TV Globo. Com a Rede Bandeirantes, a empresa fez a captação das imagens da Fórmula Indy, a primeira corrida em 3D no mundo.
Fora do Brasil, a empresa já firmou parceria com o canal esportivo ESPN para transmissão de jogos em 3D e com o Discovery Channel para criação de documentários. As imagens que hoje saltam das telas dos cinemas podem estar em breve na sala de estar. 

Créditos: Folha

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