terça-feira, 22 de junho de 2010

TV 3D: Chegou mesmo a hora? Parte 2

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Surge uma nova tecnologia
Foi necessária a invenção dos displays de cristal líquido (LCD), entre outras coisas, para chegarmos à tecnologia 3D “Active Shutter”, que é o atual “estado da arte” e base para a maioria das telas 3D no mercado atualmente.
Os espectadores usam óculos cujas lentes são na verdade painéis de cristal líquido que alternam entre bloquear ou deixar passar a luz para os olhos esquerdo e direito 120 vezes por segundo (120 Hz). Eles então olham para uma tela que é sincronizada com os óculos para exibir a imagem apropriada para cada olho. As imagens não tem cantos borrados ou “fantasmas” como nos outros sistemas, e tanto imagens em preto-e-branco quando a cores podem ser usadas.
Mas há pontos negativos. Um deles é que, entre os óculos escurecidos e a troca da imagem 120 vezes por segundo, o brilho da imagem é na prática reduzido pela metade. Isto não é tão ruim se você está em uma sala escura (cinema ou home theater), mas pode ser problemático em outros ambientes. Segundo, você tem que usar óculos, e isso pode ser uma distração. Ainda mais para quem já usa óculos por causa de problemas de visão, ou acha os óculos 3D um incômodo.
Por fim, ainda não há um padrão para óculos 3D. Por exemplo, se você der uma festa para seus filhos e quiser mostrar aos convidados um cartoon em 3D em uma TV Sony, eles não conseguirão assistir usando os óculos de uma TV Samsung. 
A escassez de conteúdo
Entretanto, o que importa mais que a tecnologia é o conteúdo. É ele quem manda, especialmente quando o assunto é 3D, e no momento não há muito conteúdo 3D no mercado, sejam transmissões ao vivo ou material gravado.
Muitas das barreiras para a geração de conteúdo 3D são técnicas e econômicas. Assim como os primeiros anos da cor criaram desafios técnicos para as equipes de cinema e TV, filmar em 3D requer câmeras especiais e capacidade técnica para usá-las. Não é algo insuperável - as pessoas podem ser treinadas no uso do novo equipamento em pouco tempo - mas só faz sentido se houver demanda por conteúdo 3D para justificar o esforço.
Claro, existe a possibilidade de converter material que já existe em 2D para 3D. Por exemplo, embora o recente remake de “Fúria de Titãs” não tenha sido gravado em 3D, foi lançado nos cinemas neste formato graças a um processo de conversão.
Também é possível que o próprio aparelho do espectador realize a conversão de 2D para 3D em tempo real. A versão atual do Cyberlink PowerDVD tem um recurso chamado TrueTheater 3D que permite a conversão de DVDs tradicionais em 2D para 3D. Aparelhos de TV da linha Cell TV da Toshiba, que devem ser lançados até o final do ano, também prometem fazer a conversão, e alguns modelos de TVs da Samsung já disponíveis no mercado nacional também trazem este recurso.
TV LED 3D Samsung 9000 - 300px
TVs modernas, como este modelo da Samsung, convertem imagens 2D para 3D

O problema com este processo é que ele exige a adição de informações (profundidade) que nunca estiveram presentes na imagem, e que nem sempre podem ser deduzidas a partir da simples análise de uma imagem (ou sequência de imagens como um vídeo) em 2D. Este foi um dos problemas enfrentados pelos estúdios de cinema quando fizeram a conversão de filmes recentes como Fúria de Titãs e Alice no País das Maravilhas de 2D para 3D. Segundo os próprios especialistas, é necessário uma dose de trabalho manual para que a técnica realmente funcione, o que significa que os resultados de uma conversão automática de 2D para 3D feita por software ou hardware serão limitados na melhor das hipóteses.

Créditos: PC World

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