O mercado de conversores para a transformação do sinal analógico para o digital do padrão nipo-brasileiro ainda não se estabeleceu. A Tecsys do Brasil, por exemplo, que chegou a desenhar um plano com a Intel para atuar junto ao consumidor final, 'engavetou' a iniciativa, desistimulada pela proposta dos fabricantes de incorporarem conversores às TVs. Já a Telesystems, que mantém sua produção de conversores, o momento é o de 'controlar a ansiedade'.
Durante a ABTA 2010, os fabricantes de equipamentos revelam uma forte tendência do mercado nacional - há uma grande demanda por produtos voltados para a área profissional, ou seja, para as operadoras e radiodifusoras, mas ainda não se vislumbra um cenário efetivo para o usuário final.
Mas há um fato importante no evento: Os chineses chegaram e aproveitam para mostrar seus conversores adaptados ao ISDB-T. Mas a maioria prefere escutar mais do que revelar seus planos. Boa parte dos expositores chineses, procurados pela reportagem do Convergência Digital, preferiu não comentar sobre o processo de comercialização de produtos no Brasil.
Na indústria presente ao evento, a Tecsys do Brasil é um exemplo que a produção de conversores para o usuário final ainda é um momento de reflexão. Em 2008, incentivada pela Intel, a fabricante até anunciou a disposição de entrar no mercado de consumo final, mas o projeto foi 'engavetado', assume o diretor comercial da empresa, Jorge Ganuza.
Sem entrar em maiores detalhes operacionais, admite que a estratégia dos grandes fabricantes de TVs de incorporarem o conversor aos televisores 'foi bastante destimulador'. "O mercado de produtos para o ambiente profissional - teles e radiodifusoras - está muito aquecido por conta da digitalização e da migração para o SBTVD. O conversor seria uma primeira iniciativa nossa rumo ao mercado de usuário final, mas resolvemos centrar os esforços de produção para os equipamentos que tinham demanda", assume o executivo.
Mesmo com as medidas de estímulo prometidas pelo Governo - ainda em fase de definição - para a produção dos conversores, Ganuza assume que não faz parte dos planos da companhia redirecionar pessoal para essa área. Mas há quem aposte no mercado e diga que o Brasil, neste momento, precisa, na veradade, 'controlar a sua ansiedade' no segmento.
"Qualquer mercado para começar suas atividades começa num ritmo próprio. Foi assim com a telefonia celular - por questões de preço e de mercado - e será com a TV digital. O mercado de conversores é promissor, mas tem o seu tempo", observa Marcos Szili, diretor da TeleSystems, multinacional italiana com presença no Brasil e já produtora de conversores para TV digital. A empresa, no entanto, não revela números sobre a quantidade de aparelhos já fabricados e comercializados.
Para Szili, a concorrência das TVs com os conversores embutidos não é um fator preocupante. "Esses conversores ficarão obsoletos muito antes da própria TV. e quem quiser manter o seu diferencial terá que buscar um conversor novo no mercado", observa. Os conversores em produção não usam o Ginga - o middleware de interatividade.
"O ginga precisa se harmonizar, além do mais, exige mais processamento, exige mais funcionalidades e o custo do aparelho subirá para o consumidor, que precisa entender o que é a interatividade para comprar esse equipamento", diz o diretor da Telesystems.
Indagado sobre o impacto da presença dos chineses no mercado nacional, Szili afirma que esse é um mercado que há espaço para todos, mas sinaliza que 'preço não será o mais importante para o consumidor. O conversor terá papel importante nessa transformação que a TV está sofrendo. Além disso, mais do que comprar um conversor barato, é preciso assistência, distribuição no país", completa. A Telesystems integra o grupo interessado em montar um consórcio para viabilizar um equipamento mais barato, de forma a atender os planos do governo. "Mas ainda há muito para ser negociado", assume o executivo.
Durante a ABTA 2010, os fabricantes de equipamentos revelam uma forte tendência do mercado nacional - há uma grande demanda por produtos voltados para a área profissional, ou seja, para as operadoras e radiodifusoras, mas ainda não se vislumbra um cenário efetivo para o usuário final.
Mas há um fato importante no evento: Os chineses chegaram e aproveitam para mostrar seus conversores adaptados ao ISDB-T. Mas a maioria prefere escutar mais do que revelar seus planos. Boa parte dos expositores chineses, procurados pela reportagem do Convergência Digital, preferiu não comentar sobre o processo de comercialização de produtos no Brasil.
Na indústria presente ao evento, a Tecsys do Brasil é um exemplo que a produção de conversores para o usuário final ainda é um momento de reflexão. Em 2008, incentivada pela Intel, a fabricante até anunciou a disposição de entrar no mercado de consumo final, mas o projeto foi 'engavetado', assume o diretor comercial da empresa, Jorge Ganuza.
Sem entrar em maiores detalhes operacionais, admite que a estratégia dos grandes fabricantes de TVs de incorporarem o conversor aos televisores 'foi bastante destimulador'. "O mercado de produtos para o ambiente profissional - teles e radiodifusoras - está muito aquecido por conta da digitalização e da migração para o SBTVD. O conversor seria uma primeira iniciativa nossa rumo ao mercado de usuário final, mas resolvemos centrar os esforços de produção para os equipamentos que tinham demanda", assume o executivo.
Mesmo com as medidas de estímulo prometidas pelo Governo - ainda em fase de definição - para a produção dos conversores, Ganuza assume que não faz parte dos planos da companhia redirecionar pessoal para essa área. Mas há quem aposte no mercado e diga que o Brasil, neste momento, precisa, na veradade, 'controlar a sua ansiedade' no segmento.
"Qualquer mercado para começar suas atividades começa num ritmo próprio. Foi assim com a telefonia celular - por questões de preço e de mercado - e será com a TV digital. O mercado de conversores é promissor, mas tem o seu tempo", observa Marcos Szili, diretor da TeleSystems, multinacional italiana com presença no Brasil e já produtora de conversores para TV digital. A empresa, no entanto, não revela números sobre a quantidade de aparelhos já fabricados e comercializados.
Para Szili, a concorrência das TVs com os conversores embutidos não é um fator preocupante. "Esses conversores ficarão obsoletos muito antes da própria TV. e quem quiser manter o seu diferencial terá que buscar um conversor novo no mercado", observa. Os conversores em produção não usam o Ginga - o middleware de interatividade.
"O ginga precisa se harmonizar, além do mais, exige mais processamento, exige mais funcionalidades e o custo do aparelho subirá para o consumidor, que precisa entender o que é a interatividade para comprar esse equipamento", diz o diretor da Telesystems.
Indagado sobre o impacto da presença dos chineses no mercado nacional, Szili afirma que esse é um mercado que há espaço para todos, mas sinaliza que 'preço não será o mais importante para o consumidor. O conversor terá papel importante nessa transformação que a TV está sofrendo. Além disso, mais do que comprar um conversor barato, é preciso assistência, distribuição no país", completa. A Telesystems integra o grupo interessado em montar um consórcio para viabilizar um equipamento mais barato, de forma a atender os planos do governo. "Mas ainda há muito para ser negociado", assume o executivo.
Créditos: Convergência Digital
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